Você trabalha no faturamento e fica perdido sempre que precisa lançar novas mercadorias no sistema da empresa?
Em primeiro lugar, fique tranquilo, você não é o único com essa dificuldade.
A rotina de um faturista é corrida e cheia de responsabilidades, e se você está começando nessa área, o volume de informações com as quais têm que lidar frente a agilidade com a qual as tarefas precisam ser realizadas torna esse desafio ainda maior.
O problema, é que, seja por inexperiência, pouco conhecimento fiscal, pressa ou falta de atenção, alguns erros primários podem acontecer como, por exemplo: usar a mesma NCM para cadastrar produtos diferentes.
Neste conteúdo você vai entender a função da NCM e qual é a forma correta de aplicá-la.
Ao final, você terá todas as informações necessárias para nunca mais cadastrar produtos com as NCM erradas.
Tudo pronto? Então, vamos lá!
Para que serve a NCM?
A NCM é um código utilizado no Mercosul para indicar a classificação fiscal dos produtos.
Via de regra, essa classificação possui três objetivos básicos:
- Identificar e diferenciar os produtos;
- Padronizar a classificação das mercadorias;
- Determinar como cada produto será tributado;
Ter esses três aspectos bem claros na sua mente já te dá o norte inicial para que possamos ir ao que interessa: como classificar corretamente, qual a forma adequada de lançar as NCM dos produtos?
Falamos sobre isso a seguir.
Como cadastrar as NCM dos produtos?
Para cadastrar o produto com a NCM correta você precisa levar em consideração os seguintes fatores:
- Natureza: O que é o produto?
- Composição: Dê que esse produto é feito? Quais são os elementos/materiais?
- Finalidade: Para que/Em que esse produto vai ser utilizado?
Uma vez que tenha mapeado esses três elementos, basta identificar em qual grupo e subgrupo o produto se encaixa, quer faça a consulta direto na Tabela TIPI/TEC ou através de um software fiscal.
Pare de cadastrar produtos com a mesma NCM
Bom, e o que acontece quando produtos diferentes são cadastrados com a mesma NCM?
Você tem um cadastro recheado de informações poluídas e inconsistentes. Ou seja, há um risco bem grande de estar vendendo um extrato de tomate com a classificação NCM de um biscoito, se o negócio é um supermercado, por exemplo.
O segundo problema, é que os impostos não são pagos corretamente. Imagine, se a NCM determina o tratamento tributário de um produto, vender produtos com os códigos errados resulta em pagamentos indevidos, a mais ou a menos.
O terceiro problema é a desconformidade com o fisco. Se o cadastro de produtos está poluído, se os impostos não estão sendo pagos corretamente – conforme as normas em vigor – a prestação de contas também será afetada, afinal o negócio não está cumprindo com o que a legislação determina, ficando suscetível a multas e outras penalidades.
Onde fazer a consulta de NCM?
Agora que você já entendeu a finalidade, como escolher o código adequado e as consequências de cadastrar os produtos com a classificação errada, deve estar se perguntando o que fazer quando não tiver certeza de qual NCM usar.
O conselho mais valioso que podemos te dar é: fuja do Google!
Apesar de ser uma ferramenta fantástica de pesquisa, a internet ainda é uma terra sem lei. Isso quer dizer que as chances de você se deparar com informações desatualizadas e até mesmo equivocadas são gigantescas.
Imagine que você sentiu uma dor nas costas, resolve “dar um Google” e um dos resultados encontrados para a sua pesquisa é “câncer no pâncreas”, afinal dores nas costas é um dos sintomas dessa comorbidade.
É desesperador, não acha?!
Por isso, os diagnósticos de doenças devem ser feitos por médicos especialistas, e sempre levam em conta outros fatores, como exames, outros sintomas e histórico do paciente.
Com as NCM é basicamente a mesma coisa.
Você precisa consultar com quem entende do assunto e considerar todos aqueles fatores já mencionados no tópico anterior.
Além disso, condicionar os dados das mercadorias aos resultados de pesquisas onlines pode ser o câncer no cadastro de produtos que está matando a saúde financeira do negócio.
Então, o que determina se a informação é confiável ou não?
Simples. A fonte da pesquisa.
Falando de NCM e não de câncer, existem duas fontes seguras que nós recomendamos.
Veja a seguir.
Tabelas TIPI e TEC
Consultar as NCM nessas tabelas é como beber água direto da fonte.
Esses são os documentos oficiais com a relação de todas as NCM em vigor, logo, você pode confiar pois os dados são seguros.
Para fazer a consulta de NCM na Tabela TIPI, é só acessar a página da Receita Federal dentro do Portal Gov.br e baixar a tabela atualizada.
Outra forma é consultar diretamente no Portal da CAMEX, ou através da ferramenta de consulta da Siscomex.
Ferramentas de consulta de NCM automatizadas
Lembra que falamos logo no início que a rotina no faturamento normalmente é “uma loucura”?
Pois é, a realidade é que nem sempre as empresas podem alocar um profissional exclusivo para consultar e cadastrar os produtos, quem dirá contratar um especialista fiscal para cuidar dessa parte.
Por isso que os sistemas de gestão fiscal oferecem a consulta de NCM, com a vantagem de entregar as alíquotas de PIS/COFINS e, no caso do Eficiência Fiscal, o ICMS estadual – Rondônia.
É o jeito mais fácil e rápido de você economizar tempo, otimizar as tarefas e garantir a confiabilidade das informações dos produtos lançados no sistema da empresa.
E então, ficou claro para você o porquê você não pode, em hipótese alguma, utilizar um único tipo de tributação para todos os produtos?
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